terça-feira, 5 de maio de 2015

Resenha: A menina que roubava livros, Makus Zusak

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O livro é a trajetória de Liesel Meminger que é contada pela Morte, a narradora. Começa contado um pouco sobre a Morte, e como ela fica frustada por ter se encontrado várias vezes com uma ladra de livros mas nunca para leva-lá. Então ela se apega a menina e a persegue e conta a sua trajetória. É uma história ambientada na Alemanha nazista, e nela conhecemos Liesel, que muito nova fora adotada por uma família desconhecida. Ao meio do caminho seu irmão mais novo morre de fome e é enterrado por um coveiro da cidade mais próxima, que acidentalmente deixa seu livro cair. Então este é um dos primeiros da série que a garota vai roubar ao longo da trama. Em uma casa totalmente nova e desconhecida Liesel era alvo de pesadelos assombrosos, tendo como um único conforto seu pai adotivo, que era o contrário da mãe, doce e adorável. Tendo consciência de que a menina tinha um livro e não sabia ler, ele a levou para o porão e começou a lhe ensinar. 
O que ela não sabia é que as palavras se tornariam seu refúgio, salvando lhe quando tudo estava perdido e mais nada fazia sentido. 
Então conhece seu vizinho Rudy e melhor amigo, com quem podia contar e falar coisas que as quais não falaria para mais ninguém. "Doido ou não, Rudy sempre esteve destinado a ser o melhor amigo de Liesel. Uma bolada de neve na cara é, com certeza, o começo perfeito de uma amizade duradoura. (página 47)"  Não houve quem não deu risadas com as travessuras dos dois ladrõezinhos.
Max Vandenburg chega na história pedindo abrigo na casa de Liesel, seu pai que logo o acolhe explica que ele tem uma divida enorme com a família de Max e que precisava lhe dar abrigo apesar dele ser judeu. Os próximos dias são tensos, pois tinham um enorme segredo nas costas. Um judeu escondido no porão. A menina logo se simpatiza com o judeu e eles viram grandes amigos inconfidentes. 
A história faz com que a Morte seja na verdade engraçada, sarcástica e sensata, que não gosta de ver como o mundo é, que não gosta de seu trabalho de carregar almas. Apesar de ser um personagem importante ela acaba sendo um pouco irritante, pois revela quem morre e quem vive na metade do livro. Mas contudo é uma boa personagem. A opção da narrativa ser contada pela morte foi um tanto macabra e assustadora, mas foi bastante criativa e diferente. 
Confesso que não é uma leitura fácil, eu a classifico como cansativa. Demorei metade do livro para gostar realmente da historia, pois apesar de ser ótima e informativa, é muito cansativa. A história se desenvolve mesmo quando aparece Max e traz muitas revelações.
A narrativa traz a Alemanha fria literalmente para fora, sendo totalmente interpretada com seus dias frios e dolorosos. 
Este livro me faz pensar em várias possibilidades, como ele sendo um pouco de tudo, divertido, dramático, impulsivo, sarcástico, ironico. Mas acima de tudo enriquecedor.



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